sábado, setembro 24, 2005

Navalha

Como amante da língua falada e escrita, e futura profissional de comunicação, me pego a divagar sobre o poder das palavras.
Após assistir um belíssimo monólogo que agrupava 3 dircursos de um orador louvável mas que utilizou tal dom para finalidades um tanto escusas(para não falar repugnantes), o senhor Adolf Hitler. Tal apresentação,de tão perfeita, arrepiou-me e me insuflou a, por meio de retórica, discutir o tema.
Cheguei à conclusão de que ao mesmo tempo que as palavras podem acariciar como seda elas também têm o poder de abrir grandes feridas, assim como navalha afiada na pele. Nem sempre é o que se fala mas o modo como se fala, o tom da voz, podem causar danos irreparáveis.
Todo cuidado é pouco e necessário. Usá-las de forma errônea pode acarretar catátrofes, exemplo, o holocausto!!!

domingo, setembro 11, 2005

Na geral

A generalização é o alicerce da hipocrisia pois, adiquirindo tal cosmovisão, deixa-se de avaliar realmente o potencial e conjunto de caracteres individuais, cometendo-se assim tamanha injustiça ao se "nivelar por baixo" uma " classe ou categoria".
A tomada do conjunto em detrimento a uma parcela tem apenas valor didático-matemático já que, nestes casos, avalia-se números a fim de estabelecer esteriótipos que são, em sua maioria, preconceituosos e unilaterais.
Na atual conjuntura esquecemo-nos de nossas necessidades mais básicas pois não nos é dado espaço ou tempo para "viver" com plenitude tal época caótica em que nos inserimos; somos peças de uma grande engrenagem que não adimite falhas nem pausas.
Vida transformou-se em coexistência, e afeto em tolerância pacífica. Não há mais lugar para demonstrações de amor puro e desinteressado pois, acima de tudo, colocamos nosso ego, que, geralmente, excede os limites aceitáveis.
Encontramo-nos em constante conflito pois descobrimos que as máscaras sociais nos iludiram e que sua queda acarreta na demolição ou desestruturação de nossos pilares de sustentação, e os anteriormente amigos tornam-se conhecidos ou pior, totais desconhecidos.
Interpretamos papéis que podem vir a tomar-nos por completo e assim nos fazer perder nossa identidade e peculiaridades, viramos parte da "massa" que tanto definimos e da qual gostaríamos de nos libertar.

sábado, setembro 03, 2005

PoliAmor

Como seres egoístas e socias que somos, criamos dispositivos moralistas a fim de assegurar uma estabilidade inexistente em nossa essência, a invenção da única e perfeita "alma gêmea" nos tornou pessoas frustradas emocionalmente.
E se, por um acaso, a minha "cara metade" morar no Japão? ou no Alaska?
Seguindo estes preceitos sofremos com a possibilidade de nunca a encontrar, viver só e infeliz.
Após muitas reflexões e experiências de vida cheguei a conclusão de que tudo isso não passa de mera crendice, não existe "aquele" e sim "aqueles" que nos farão felizes.
Não é preciso renegar um amor para que se possa viver outro, este sentimento é tão belo e poderoso que consegue abranger a todos.
Pessoalmente possuo muitos amores na vida e tenho a cristalina certeza de que consigo amá-los ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, isto me aquieta o coração e eleva meu espírito pois sei que necessito deles tanto quanto eles de mim e que, mais ainda, todos fazem e farão parte desta minha breve, porém vibrante, existência.
Há um ditado que diz que conselho se bom seria vendido, discordo e, dentro de minhas limitações, teço um a você que está a ler neste momento tais linhas, siga o conselho de um homem muito sábio que sabia ouvir seu coração e deixá-lo falar por si : "Ame a todos como a ti mesmo!"
Concluo assim deixando toda a expressão do meu amor àqueles que sabem que os amo e que , felizmente, fazem parte de mim. Amo vocês, agora e sempre!