sexta-feira, outubro 19, 2007

Fechada para balanço

Sem saber o que fazer ou dizer, ela se fecha dentro de si mesma, quase como uma hibernação íntima, ela quer que ele fique ao seu lado, mas não quer machucá-lo. Por isso ela o afasta, pede para que se desliguem por um tempo. Tudo não passa de uma farsa.
O que ela queria mesmo era ter o carinho dele, sua atenção, sua presença. Mas ela não pode ter, simplesmente não pode. Ela chora sozinha em um canto, sem ser vista ou ouvida por ninguém, as lágrimas rolam sem parar...um gosto amargo percorre sua garganta, ela o conhece muito bem, é a tristeza que a saudade traz.
A solidão se instala.
E a saudade a faz querer jogar tudo pro alto e voltar àquela vida em que tudo era mais simples, em que as distâncias eram menores e as pessoas mais verdadeiras.
De nada adianta a nostalgia que insiste em tomá-la por completo. Mas ela tem medo do que o futuro trará ou não, ela tem medo que ele acorde um dia e veja que não quer mais, que tudo mudou e que ela não está mais em seus planos.
Pobre mulher.