quarta-feira, janeiro 25, 2006

Fim da nostalgia

O tempo. "Fenômeno" natural que desperta em mim grande curiosidade e dúvidas, assim "aquele que tudo sabe" deveria ter uma definição que, pelo menos, consolasse meu espírito idealista; dentre os verbetes, um me chamou a atenção.
"Momento ou ocasião apropriada para que uma coisa se realize". Ao lê-lo meu cérebro alucinadamente buscou por mais informações, e a conclusão final foi de que o "pai da teoria relativista" estava certo, tudo é relativo, inclusive o tempo.
Seguindo esta linha de raciocínio e apelando para o inigualável Sr. Sigmund, percebi que mais que a razão, a emoção determina o lento trotar dos minutos ou o galopar das horas, porém a modernidade e os avanços da tecnologia potencializam o escorrimento dos segundos.
Num mundo onde "o bater de asas de uma borboleta no Japão provoca um terremoto nas Américas", encontro-me perdida pois, devido a esse aniquilamento do tempo pela velocidade, possuo mais "trabalhos" a realizar do que tempo para tal.
Se não há o momento, então como esperar que a "coisa" se realize?
A efemeridade furtou-nos valores e lembranças, pois aqueles nascidos sobre o manto da globalização não terão o prazer que, ainda tive, de contemplar demoradamente o desabrochar das flores ou a impressionante metamorfose dos sapos.
Infelizmente o processo é irreversível, assim se instaura a pergunta: quais serão as recordações que nossos filhos e netos possuirão?


Texto de 22/08/2005

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

ahH! deu desespero só de ler esse texto!
"Ruit hora, tempus fugit."

¢amilla mas¢ote

12:35 AM  

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